A Eldorado Brasil acaba de receber notas positivas de duas das principais agências de risco globais. Fitch e Moody’s classificaram a empresa em janeiro. A primeira melhorou o grau de investimento da empresa controlada pelo Grupo J&F, e em trajetória ascendente. A Moody’s classificou a empresa pela primeira vez já com notas bastante significativas.
A Fitch elevou o rating internacional da Eldorado de “B” para “BB-” (um avanço de dois degraus na escala) com uma perspectiva positiva, segundo o relatório. Já a nota para a operação nacional da empresa subiu de “BBB-” para “A” (avanço de quatro degraus). Com a nota “A”, a empresa sai de “abaixo da média” para “acima da média”, já no terreno dos graus de investimento.
A agência destaca a forte geração de caixa da empresa para justificar a melhora da classificação. Além disso, a agência considerou a redução do endividamento da Eldorado e a perspectiva positiva para o setor de produção de celulose nos próximos anos. A expectativa da Fitch é que a companhia apresente “resultados operacionais fortes” em 2020 devido às condições favoráveis do mercado de matéria-prima.
Em série
A melhora da nota vem menos de dez dias depois de a agência de rating Moody’s dar à empresa sua primeira classificação: Ba3, com perspectiva estável. Segundo a Moody’s, a nota conferida à Eldorado reflete, entre outros fatores, o “desempenho operacional bastante forte” da empresa. A perspectiva estável se baseia na expectativa da Moody’s de que os processos de baixo custo da Eldorado sustentem um “desempenho operacional forte” no futuro próximo.
A Eldorado tem seu complexo industrial e suas áreas de plantio no Mato Grosso do Sul e opera em ritmo de 1,7 milhão de toneladas de celulose por ano. A empresa foi considerada, no ano passado, a melhor empresa do setor pelo prêmio Empresas Mais, do Estadão.